terça-feira, 29 de março de 2011

Profissionais gentis têm mais visibilidade na área.

Gente, nosso colega de turma Cláudio Reges foi entrevistado pelo jornal O POVO.

Quem está (quase) sempre disponível para cobrir o plantão do colega que precisou viajar ou deixa o celular à disposição do cliente tem muito mais chances de ser promovido. Claro que a competência conta (e muito), mas o gentil, no final, tira vantagem


Dar um bom-dia animado ou segurar a porta do elevador para o colega são iniciativas básicas e naturais de um ser gentil, mas estar disponível para gentilezas, digamos, mais elaboradas pode, e muito, ajudar na projeção dentro da empresa em que você trabalha. “Quem é naturalmente gentil é também uma pessoa mais positiva, mais receptiva e que, portanto, tem capacidade de vislumbrar necessidades bem à frente dos outros, por isso ela ganha visibilidade”, explica a consultora em gestão de pessoas, Cláudia Blaia.

O gerente de vendas em lazer da agência de viagens Casablanca Turismo, Cláudio Reges, por exemplo, assim que entrou na empresa foi logo assumindo o treinamento das secretárias de lá. Na época, há seis anos, ele era um vendedor recém-contratado. “A empresa precisava de alguém que se dispusesse a treinar as secretárias a atender melhor, eu assumi a função prontamente e de muito bom grado”, relembra Cláudio. Na agência, ele é conhecido pela simpatia e pela prontidão com que atende aos clientes e à chefia. Em seis anos, foi promovido duas vezes e agora pleiteia um dos cargos mais altos da hierarquia empresarial: Diretor.

Lançado há duas semanas pela Editora BestSeller, o livro Pessoas Gentis São Mais Felizes, do professor italiano P.M. Forni, fala justamente em como a cordialidade cria bem-estar, derruba a ansiedade, o estresse e a tristeza, além de aumentar a produtividade e nos tornar mais atraentes. Imagine quanto ser gentil agrega quando se quer vender algo, seja um objeto ou uma ideia? O empresário norte-americano (e apresentador de reality shows), Donald Trump, por exemplo, adora repetir a máxima: “prefiro fechar negócios com pessoas de quem gosto e que me tratam bem”.

E quem não gosta? O gerente Cláudio Reges ensina que gentileza é se colocar primeiro no lugar do outro, é como você gostaria de ser tratado. Ele conta que, desde quando começou como vendedor de pacotes de turismo, há vinte anos, sempre foi gentil com os clientes. “Não era só empurrar um pacote, é ouvir os clientes e atender às suas necessidades. É dar aquela dica preciosa de restaurante, de parque, de melhor período para viajar. É deixar o telefone sempre disponível para alguma urgência. Assim, acabo também fazendo amigos”, destaca.
 
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O consultor empresarial da Bratt Consultoria, Kleber Leite, acredita que a gentileza é um dos pilares do que as empresas mais valorizam hoje num profissional: a capacidade de se relacionar. As empresas brigam por quem tem grande rede de contatos e é influente nesse meio. “Para ter todo esse network, no entanto, você tem que ser, no mínimo, agradável e gentil. Foi-se o tempo do profissional carrancudo”, diz.

Executivas de uma das mais prósperas agências de publicidade dos Estados Unidos, as publicitárias Linda Kaplan Thaler e Robin Koval escreveram um livro só para mostrar que ser gentil é tão importante quanto ser eficiente. Em O Poder da Gentileza (Editora Sextante, Ed. 2008), as autoras afirmam que esforço, inteligência e talento são essenciais, mas ser “delicado e atencioso, em vez de egoísta e grosseiro, pode impulsionar sua carreira, além do resultado mais imediato e importante de tornar a vida de todos mais agradável”.

Cláudio Reges concorda. Para ele, pessoas gentis são mais atenciosas, disponíveis e versáteis também. São elas, portanto, mais facilmente vistas como opção para aquele cargo de chefia que acabou de vagar. “Posso afirmar, com certeza, que a gentileza me ajudou a ganhar sete vezes mais hoje do que no início da minha carreira”, conclui o gerente. (LMB).


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